Havia muitas semelhanças entre a Universidade de Aristóteles com a de Platão. O que mais as diferenciavam eram os estudos das ciências naturais. Aristóteles desenvolveu a lógica para servir de ferramenta ao raciocínio, visando à elaboração de uma visão científica da realidade. Platão era poeta, narrava mitos, e Aristóteles comparava-se a um enciclopedista, se detendo a escrever todos os detalhes. A maior parte de seus escritos era utilizada nas suas aulas.
Assim, como na Academia de Platão, na Escola de Aristóteles a Filosofia era uma atividade especificamente oral. Mas, quanto ao bem maior para os homens, o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar suas capacidades e possibilidades para uma vida boa e digna.
Havia no Liceu, uma alameda para caminhar, por onde passavam Aristóteles e seus alunos, conversando, discutindo filosofia. O hábito era considerado o grande regulador das ações. Pois, a prática das virtudes habitualmente, pela repetição dos mesmos atos, torna-se como uma segunda natureza, mas há de se ter disposição de caráter para tal. Assim, diferente de Sócrates e Platão, o mero conhecimento do bem não dirigiria o homem para uma ação justa. Desse modo a virtude pode tornar-se um hábito. A reta razão inata ao ser humano potencializa a escolha e o discernimento para a prática das virtudes.
Contrariando Platão, que via nos filósofos os melhores homens para governar, Aristóteles condicionava o filósofo a afastar-se da vida política, exercendo sua plena liberdade incondicional, dedicando-se à pesquisa filosófica, à vida contemplativa. Mas, vê nos homens políticos a possibilidade da transformação da cidade e dos homens, orientando os seus atos para uma conduta ética, pela razão, que os conduzirá à prática da virtude.
Assim, o fim último do Estado é a virtude, visando o bem comum. Compete ao Estado a educação, provendo os meios para a formação moral dos cidadãos.
Enfim, como explanamos anteriormente, para Aristóteles, o modo de vida teorético ou filosófico, é o mais elevado, se revelando na dimensão ética, um modo de vida virtuoso, pois o conhecimento de que se tem compreensão, se estabelece como uma espécie de praxis teorética.
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